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A influência e relevância dos objetos nos remetem a João Amado (2007) que relata a história das bonecas de pano e sua importância em um determinado período da história de Portugal, onde elas ganham a denominação de “marafonas”. São bonecas sem feição, ou seja, não possuem rosto, boca ou olhos. Essa versão atuou com significativa importância em determinado período como elos entre a dominação/libertação de um povo. Em todo primeiro Domingo de Maio é comemorado o acontecimento entre portugueses e sarracenos e as bonecas são abençoadas e utilizadas como amuleto contra “mau-olhados”.

Quando existem, as pesquisas sobre os objetos lúdicos têm se concentrado principalmente nas representações sociais dos mesmos, nesse caso, a boneca ganha terreno por revelar o papel social da mulher.

"Ao proporcionar a oficina de confecção de uma boneca utilizando o Conto Vasilisa, mediamos que as participantes estabeleçam uma relação de confiança, de intuição e desafio para suas vivências diárias, pois por intermédio das histórias, ativamos a nossa própria capacidade de entender as nossas angústias, nossas alegrias e frustrações, enfim, compreendendo as entranhas de nossa alma.

Quando os pais constroem os brinquedos para os filhos, eles mostram que o mundo ainda pode ser inventado. Quando pais e mães constroem brinquedos ou fazem algo com as próprias mãos diante dos filhos, eles praticam um ato político. Dissemos para os pequenos que o mundo ainda pode ser inventado.

A boneca de pano ela traz com ela algumas diferença da boneca de cerâmica ou ainda da boneca de sabugo de milho. O pano permite um aconchego, uma troca calórica e uma elaboração de detalhes que as outras bonecas mais rudimentares não permitiam.