Baba Yaga é o arquétipo da bruxa eslava presente no folclore russo e de todo Leste Europeu. Ela é um personagem muito mais profunda e intrincada do que as bruxas presentes nos mitos da Europa Ocidental, uma figura que inspira sentimentos contraditórios de medo, respeito e esperança.
Seu nome é um testemunho de sua identidade, assim como as muitas lendas que a cercam. O termo russo “Baba” é geralmente considerado ofensivo entre os eslavos. Ele serve para designar um tipo de mulher vingativa, que vive reclamando, que é grosseiramente desgrenhada, uma verdadeira matrona que jamais casou ou foi realmente amada ao longo de sua existência. Seria o equivalente a uma solteirona, uma velha que é consumida pela inveja de todos que são felizes e que vai se tornando cada vez mais amarga, perversa e cruel com o passar dos anos. “Yaga” é mais frequentemente traduzido como “bruxa”, mas tem vários outros significados, como “feiticeira”, “malvada”, “traiçoeira” e até “serpente”, algumas vezes a palavra também é usada para descrever uma situação de perigo, de medo ou até de fúria.
Em suas lendas, Baba Yaga vive nas profundezas de uma floresta selvagem quase inacessível. A vegetação nesse lugar cresce de maneira incomum, não natural. A copa das árvores impede a entrada dos raios de sol, os troncos são tomados de fungos venenosos e mesmo os arbustos são cheios de espinhos. Erva daninha e urtiga cresce selvagem. Os animais silvestres evitam esse bosque maligno; onde haveria o canto de pássaros e o zumbido de insetos, repousa apenas um silêncio sepulcral.
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