Quando existem, as pesquisas sobre os objetos lúdicos têm se concentrado principalmente nas representações sociais dos mesmos, nesse caso, a boneca ganha terreno por revelar o papel social da mulher.

O estudo da boneca de pano como elemento da cultura lúdica brasileira justifica sua relevância psicossocial em Kishimoto (1994) quando ela afirma o fato de a boneca ser um objeto social que permite flagrar múltiplas relações, tanto no âmbito concreto, quanto no imaginário. Por sua configuração antropomórfica, é um dos objetos lúdicos mais apreciados pelas crianças contribuindo para a aproximação do universo infantil e estabelecendo redes de conexão com a história da humanidade, com seus rituais, folclores, religião e com os saberes próprios da comunidade que a apropria. Acrescentamos as considerações do folclorista Câmara Cascudo (1988) acerca da boneca de pano, pois, como defende o autor, ela reflete a cultura brasileira, servindo como verdadeiro documento da expressão popular, oferecendo indicadores da condição sócio-econômica, uma vez que a define como própria do universo lúdico das crianças pobres, refletindo a indústria doméstica e tradicional do país, além de estarem presentes em todo o território nacional

Comentários

  1. Dessa forma, Kishimoto justifica a relevância de atentar para o estudo da
    boneca visto que ela pode servir às explicações de vida cotidiana, às transformações e
    conflitos vivenciados pelo humano. Apesar de a mesma autora relacionar a importância da
    boneca e mesclar com sua história e sua evolução, ainda vemos poucos dados que informa
    sobre a boneca de pano como objeto mensageiro de uma memória coletiva da cultura
    brasileira.

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